Cidade Saudade

Cidade Saudade homenageia os boêmios, malandros e desvairadas da noite. Suas figuras estão sempre solitárias, a vaguear pelas marquises barrocas, como fossem forasteiras ou personagens de algum romance literário de Gabriel Garcia Marques ou Jorge Amado.

Não é de hoje que a música e a literatura se revelam como principais fontes de inspiração para a pintura e o desenho. Mondrian, por exemplo, chegou ao ápice de sua produção escutando jazz. Kandisnky elaborou suas teorias da cor pesquisando teorias musicais, especialmente de Schoenberg. Monet pintava seus nenúfares ao som de Debussy. Da Vinci fez uso da dramaticidade de Sheakspeare para eternizar suas pinturas, e Picasso executou sua célebre “Demoiselles DAvignon” após ler “A obra prima ignorada” de Balzac.

Nesse contexto, Cidade Saudade é inspirada na literatura e no cancioneiro popular de diversos países latino-americanos, a série tem como pano de fundo paisagens urbanas das ruas de Salvador, Havana, Rio de Janeiro, Cartagena, Buenos Aires e qualquer outra cidade cuja arquitetura seja capaz de acolher o devaneio poético presente nas Mornas Caboverdianas, no Son Cubano, no Rock Estadunidense, nos Boleros Argentinos e no Choro Brasileiro.