PAINÉIS EM FACULDADES DE SAÚDE

Uma das características originárias da pintura mural é a criação de objetos de aprendizagem. Desde os antigos egípcios até as catedrais renascentistas europeias, a pintura veio cumprindo sua função ornamental, mas também ocupava um lugar pedagógico, conservando saberes para as futuras gerações. De fato, pensando historicamente, a pintura situava-se no limiar da tradição oral, e a tarefa de preservar o conhecimento acabou se transformando em um dos principais campos para o aperfeiçoamento do ofício dos pintores.

Através do meu trabalho junto à Faculdade de Ciências da Saúde da UnB e o Centro de Ciências da Saúde da UFRB, constatei que essa antiga característica da Pintura continua com plenas capacidades de causar um impacto positivo, não mais em igrejas ou pirâmides, mas em auditórios e mezaninos de universidades.

A receptividade foi surpreendente, tanto de alunos veteranos, calouros recém-chegados, corpo docente e funcionários. Mais que adornar as paredes, os murais servem de suporte para inúmeras atividades, através de debates e vivências.

Nesse contexto, a Pintura enquanto Objeto de Aprendizagem possui um caráter aberto, de modo que as figuras retratadas não encerrem apenas um único significado, mas proporcionem leituras críticas favoráveis ao desenvolvimento dos estudantes.

Agradecimentos: Grasiela Sousa, professora Maria de Fátima Sousa, professora Ana Valéria Mendonça, professora Ticiana Osvald e professora Fran Demétrio.